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SER VITORIOSO: UMA QUESTÃO DE ESCOLHA

O homem se aproximou da porta. Incerto, retornou alguns passos repentinamente. Já não sabia se queria ir adiante. Mas, mesmo estando longe, via a luminosidade que emanava daquela entrada. Sem dúvida, encontrava-se diante de um lugar majestoso, perfeito. Ele até fora convidado a entrar. Não tinha certeza se deveria. Sentia-se incomodado e confuso. Algo estranho o perturbava.

Voltou-se em direção à porta, mas, ao tentar passar, sentiu-se embaraçado mais uma vez. Recuou. Transtornado, afastou-se novamente. Sabia que, se entrasse, encontraria um novo caminho e delícias perpétuas. No entanto, ele não podia. Estava preso a outras portas.

No fundo, sabia o motivo do seu constrangimento. Se entrasse por aquela porta, teria de fechar muitas outras; a porta das paixões, dos prazeres, do orgulho, do amor próprio, de convicções concebidas ao longo de sua história.

Lembrou-se das próprias vestes, e olhou-as. Estavam sujas, manchadas, envelhecidas, gastas pelas intempéries, mas já havia se acostumado a elas. Faziam parte do seu corpo. Despir-se delas seria como despir-se de si mesmo.

Tomou a antiga estrada, convencido de que jamais poderia adentrar àquele lugar. O brilho que vinha da porta ainda o impressionava. Contudo, estava apegado demais ao passado, às lembranças, ao eu. Foi nesse instante que sentiu a terrível dor da separação, da perda.

Enquanto andava em direção às coisas passageiras, a eternidade ficava para trás e doía-lhe. Sua alma gemia. Entretanto, ele não compreendia que a dor era conseqüência da escolha que fizera. Preferiu a perda, assentou-se em suas prisões, abraçou-se às velhas vestes e tornou-se escravo de si mesmo por não ousar entrar aquela porta. Não se atreveu à eternidade, porque decidiu apegar-se ao comum. A porta, no entanto, persiste aberta enquanto Jesus proclama: Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens (Jo 19.9).

Vencer é o sonho do ser humano desde a fundação do mundo. Na verdade, a fórmula da vitória do mundo é muito diferente daquela revelada por Deus, uma vez que a primeira está baseada na razão humana, sobrepondo-a à fé no Senhor. Por isso, quando o homem luta para vencer e deixa de lado a vontade de Deus, frustra-se.

As escolhas que fazemos determinam a nossa vitória. À nossa frente, sempre estarão dispostas as mais diversas portas. No entanto, a escolha certa, aquela que nos levará ao triunfo, não nos permite quebrar os princípios do Altíssimo.

Precisamos ter em mente que Deus é fiel e jamais desampara aqueles que o buscam. Devemos também aprender a manter nossos olhos nele, e não nos problemas. É uma atitude que pode parecer difícil, mas é possível e gera fé.

É essencial compreendermos que Deus tem o seu modo de fazer as coisas, e não nos cabe questioná-lo. O diabo, porém, sabe que, quando o povo de Deus se posiciona em oração, louvor e adoração, o inferno treme. Sabe que o Altíssimo enviará seus anjos de guerra para pelejar por seus escolhidos.

Quando os problemas surgirem, não fique abalado. Concentre-se naquele que afirmou: eis que estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém! (Mt 28.20). Não entre por portas com escapes temporários. Lembre-se que Jesus é a única porta que conduz à verdadeira vitória.

Ezequiel Teixeira é pastor do Projeto Vida Nova de Irajá